Tom Raider 2015
Vc é da minha época do primeiro Tomb Raider??? Eu jogava muuuito com meu amigo no Sega Saturn dele! A gente piraaava na Lara Croft ( olha só esses gráficos, olha essa Lara que beleza kkkk). Além disso, era PURA aventura e ação. E agora em 2015 ela voltou pra foder geral!!
17 anos depois de sua criação, a série Tomb Raider parecia fadada ao gradual esquecimento, com suas instâncias cada vez atraindo menos jogadores. Ícone das heroínas nos videogames, Lara Croft originalmente conquistou seu espaço como aventureira em território ocupado quase que exclusivamente por homens, ganhou filme e status de sex symbol, mas envelheceu mal na mesma proporção em que seu número de polígonos aumentou.
Visando reinventar a franquia, a Square-Enix e a Eidos tomaram a rota do "Begins", criando um prelúdio que funciona ao mesmo tempo como um reinício para a combalida série. A mulher durona e curvilínea foi reinventada no jogo, intitulado simplesmente Tomb Raider, como uma jovem frágil, recém-saída da adolescência, ainda longe de adquirir as habilidades pelas quais ficou conhecida.
A trama envolve uma expedição arqueológica em busca de ruínas de uma antiga civilização japonesa que, misteriosamente, naufraga depois de uma tempestade. Isolada de seus amigos, a jovem Lara vê-se lutando para sobreviver em minutos, fazendo valer cada lição que teve com seu mentor, Roth, também um integrante da expedição. Em um ambiente inóspito, lá vai a futura Tomb Raider aprender a caçar, enfrentar cultistas, escalar, melhorar nas armas e aperfeiçoar suas ferramentas.
A mecânica sem surpresas envolve elementos estabelecidos tanto da franquiaTomb Raider como de outras séries de aventura e exploração. Em especial, a inevitável influência de Uncharted é sentida todo o tempo - uma recíproca honesta, já que Lara veio antes de Nathan (e Indiana antes de ambos, mas esse é outro caso). A trama é bastante linear, resolvida através de grandes áreas no estilo "sandbox". Há o que buscar pelos cantos - os clássicos artefatos de Tomb Raider - e alguns templos opcionais a serem resolvidos, mas o foco é mesmo na narrativa, que introduz aos poucos novas habilidades e ferramentas necessárias para abrir a próxima área.
O visual é excelente, tanto no design como na execução técnica. Fora alguns problemas de colisão, o jogo flui perfeito - e impressiona pelos cenários, representação de elementos naturais e quantidade de detalhes apresentados. Espere só pela sequência da antena de rádio - é brilhante e vertiginosa. Com esse esmero, o mundo da ilha tropical parece vivo, habitado há séculos por culturas diversas, ajudando a contar a história desse lugar, que funciona como um imã para desastres (qualquer comparação com Lost não é mera coincidência). Como um ótimo toque final está o clima, que muda a cada capítulo e fica mais intenso e bonito até o clímax.